eudarcantiga

My Photo
Name:
Location: Niterói, RJ, Brazil

“gosto de olhar comprido, longo, longe. Gosto de ver o horizonte para além do mar e de olhar desde o topo da montanha, gosto de olhar para além do fundo do céu, da liberdade de sonhar para além da imaginação, para além do já sabido, do conhecido. Gosto de conhecer, mais que de reconhecer. Para além da lenda. Assim sou eu: para além da história, ou “para lá de antes que seja história.”

Saturday, August 23, 2008

Outro Lado...

Foi neste mundo que me viu nascer
Que aprendi num ponto do passado
Que das lições, do que foi-me ensinado,
Eu poderia, sempre, me esquecer
*
Minha atenção, curiosa, e sem cuidado
Fez a loucura de tentar viver
Sob tais regras sem reconhecer
Os outros versos desse mundo errado.
*
Mas caso encontre ainda outro viver
Um outro tempo de um outro lado
Eu saberei que não vivi à toa.

Serei poeta, mesmo sem saber
Fazer das rimas meu sofrer calado
E nos meus versos ser outra pessoa.

Ilnéa R. Pais de Miranda
Niterói, 23 de agosto de 2008

Tuesday, August 12, 2008

Mosaicos de Encantaria

Refeito o pranto fez-se poesia
Dentro da alma e o coração poeta
Usando os modos simples de um esteta
Inventou versos de encantaria.

E foi versando de forma indireta
Um impossível amor de fancaria
Que parecia, mas jamais seria,
O amor retido em sua alma inquieta.

Mas se esse amor esculpe em fantasia
Junta palavras e os versos completa
Da alma inquieta ganha a alforria.

E sempre amando mais que poderia
Vai rejuntando e afinal completa,
Num só mosaico, sua alegoria.

Ilnéa R.País de Miranda, em 12/08/08

Saturday, August 02, 2008

Quase um soneto...

Quase um Soneto...
*
Desde pequena eu fazia versos
Que escandia nas pontas dos dedos
Onde falava de amores e medos
Talvez trazidos de outros universos.

Então, perdidos dentre meus folguedos,
À revelia, meus sonhos dispersos
São devaneios, que depois de emersos
Não mais se sabem como só segredos.

Se revelá-los nos faz menos ledos
Mas não sabe-los já não nos inquieta
Talvez melhor ficar sem dizer nada.

Por isso traço meu caminho inverso
porque é destino da alma do poeta
cantar poesia ou morrer calada.

Ilnéa R. Pais de Miranda, em 02 de agosto de 2008