Quem Sabe Assim...
Quem sabe assim?
Ilnéa R. País de Miranda
Relendo a carta que te havia escrito
Lembrei dos versos que tu me dizias
em que as palavras úmidas e frias
não mais lembravam o sonho já proscrito.
O sonho tênue em que chegarias
A passos leves em meu infinito
E na garganta morreria o grito
Do amor profano em minhas fantasias.
E se a lembrança do que foi bonito
Transforma o verbo em doces melodias
Quem sabe eu possa me entregar cantando?
Só em teus braços, num abraço aflito,
Encontro a calma no passar dos dias
Nas noites frescas que passo te amando.
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