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“gosto de olhar comprido, longo, longe. Gosto de ver o horizonte para além do mar e de olhar desde o topo da montanha, gosto de olhar para além do fundo do céu, da liberdade de sonhar para além da imaginação, para além do já sabido, do conhecido. Gosto de conhecer, mais que de reconhecer. Para além da lenda. Assim sou eu: para além da história, ou “para lá de antes que seja história.”

Thursday, April 13, 2006

Liberar, amar e perdoar

"...apegar-se à 'bagagem' do passado, física ou mental, impede sua participação plena no fluxo da Abundância."
22 Days Abundance Programme

Nas vezes tantas que já fiz este programa, penso, jamais liberei e me libertei de tanta coisa física. Rasguei papeis – e muitos deles repetidos, estavam comigo há muito tempo, ocupando espaço, guardando poeira e mofo. Comecei antes do dia de "Abrir Espaço" e, ainda hoje, passei toda a manhã e mais um pouco, nessa lida. E ainda há muito o que fazer.
Às vezes penso que sou mesmo um rato, o do horóscopo chinês, pois sou de 1936, de dezembro, e que guardo, guardo, talvez por medo de me desfazer e ficar sem... ao mesmo tempo, adoro espaços largos onde possa me movimentar, dançar a vida.

Como já disse muitas vezes “gosto de olhar comprido, longo, longe. Gosto de ver o horizonte para além do mar e de olhar desde o topo da montanha, gosto de olhar para além do fundo do céu, da liberdade de sonhar para além da imaginação, para alem do já sabido, do conhecido. Gosto de conhecer, mais que de reconhecer. Para além da lenda. Assim sou eu: para além da história, ou “para lá de antes que seja história.”

O que seria então para mim o 'liberar emocionalmente'? Penso, talvez, que seja liberar a mim mesma de mim mesma, me deixar ser, me permitir viver, sem censuras, sem proibições. Ser feliz assim como sou. Aceitar a mim mesma, deixando de me cobrar alguém que ainda não encontrei em mim. Deixar de me cobrar as coisas que não fiz e as que fiz mas que imagino poderia ter feito melhor.

Perdoar é uma palavra que me intriga. Faz muito venho tentando entendê-la. E por longo tempo me pareceu pesada, demasiado ligada a erros a serem superados, esquecidos.

Depois veio outro tempo em que percebi o per donare . E pensei que perdoar seria estar pronta a me doar, outra vez, a quem por acaso, ou por vontade, me tivesse ferido ou ofendido. Hoje tive uma outra visão, um outro sentimento: "perdoar é estar pronto para acolher aquele que me causou algum mal ou sofrimento, outra vez em meu coração." Isso seria quase fácil e definitivo se minha cabeça, sempre cheia de letras, números e que tais, não lembrasse algo lido ou ouvido por aí,

“só fazem conosco aquilo que permitimos.”

Juntando tudo, mexendo e remexendo essa sopa de letrinhas, penso uma ainda uma outra coisa que talvez seja a mesma, “Saber perdoar é como saber amar.” Como amar o outro quando nem sei amar a mim? Amar ao próximo como a ti mesmo – não é? Não é assim que está lá nos mandamentos?
Penso que com o perdão acontece o mesmo. Para aprender a perdoar direitinho, só posso começar por mim. Então, e portanto me digo,

“Eu me perdôo por não ter entendido mais cedo que o perdão começa em mim.”

É isso.

Será?